O deputado Emídio Guerreiro (PSD), que hoje se estreou na presidência da comissão de inquérito, após a renúncia ao cargo apresentada por José Matos Correia, lançou uma proposta para que "no final das audições se volte a analisar a suspensão dos trabalhos", que foi acatada pelos diferentes grupos parlamentares depois de já terem apresentado os seus pontos de vista sobre a matéria.
Os partidos de direita pretendiam uma nova suspensão dos trabalhos da comissão, enquanto o Ministério das Finanças, o Banco de Portugal (BdP), a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) não enviam a informação que lhe foi pedida pela comissão, mas a esquerda discordou dessa pretensão.
O arranque da nova comissão de inquérito ao banco público, agendado para 14 de março, foi o principal argumento usado pelos partidos que compõem a maioria parlamentar (PS, BE e PCP) para justificar a sua oposição à suspensão dos trabalhos.
As entidades a quem foi solicitada documentação recorreram à Justiça e o processo de decisão pode ainda demorar algum tempo.
"Ainda não há recurso das Finanças para o Constitucional, só da CGD, do BdP e da CMVM", revelou Emídio Guerreiro durante a reunião, sublinhando que "a Relação já se pronunciou duas vezes sobre esta matéria".
Depois de ter terminado a reunião, o deputado do PSD Hugo Soares adiantou aos jornalistas que o partido entregou um outro requerimento, solicitando ao banco público que revele à comissão de inquérito o número de balcões da CGD que foi encerrado em 2016, bem como o número de agências que a instituição já encerrou em 2017 e quantos ainda pretende fechar ao longo deste ano.
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