"Estamos convencidos de que vamos ter dezenas de milhares de trabalhadores em Lisboa. Vamos ter uma grande manifestação nacional", disse à agência Lusa João Torres, dirigente da CGTP responsável pela área da ação reivindicativa da central sindical.

Segundo o sindicalista, é difícil estimar quantos trabalhadores vão participar no protesto, porque só os que se deslocam de forma organizada, com transporte fretado pelos sindicatos, são contabilizáveis.

Neste caso, são mais de 10.000 os trabalhadores que virão a Lisboa, em mais de 100 autocarros, vindo de todo o país, e em dois comboios provenientes do Porto, afirmou João Torres.

O dirigente da Intersindical lembrou que os participantes da zona de Lisboa e arredores se deslocam em transportes públicos ou em transporte próprio.

"Mas, tendo em conta a disponibilidade que tem sido manifestada pelos trabalhadores nos plenários que têm sido feitos nos últimos dias, estamos animados com o êxito da manifestação e achamos que ela pode chamar a atenção do Governo e dos patrões para as nossas reivindicações", disse.

Ao marcar esta manifestação a CGTP tinha como objetivo influenciar a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2019, no sentido de lhe serem introduzidas alterações com vista à melhoria das condições de vida dos portugueses.

A manifestação nacional da Inter decorrerá ao início da tarde entre a praça Marquês de Pombal e a praça dos Restauradores, em Lisboa, sob o lema “Avançar nos Direitos; Valorizar os Trabalhadores”.

A CGTP pretende protestar contra as posições do Governo e dos patrões, que têm levado à "degradação das condições de vida e de trabalho daqueles que produzem a riqueza".

O combate às desigualdades, à precariedade e à desregulamentação dos horários de trabalho, a dinamização da contratação coletiva e "a revogação das normas gravosas da legislação laboral" são as principais reivindicações da Inter.

A central sindical defende a promoção do progresso social e do desenvolvimento do país como forma de dar resposta aos problemas dos trabalhadores e da população em geral.

Para tal reivindica o aumento geral dos salários de todos os trabalhadores em 4%, garantido um mínimo de 40 euros, a fixação do salário mínimo nos 650 euros em janeiro de 2019, o aumento das pensões de reforma, a defesa e melhoria dos serviços públicos e funções sociais do Estado.

A manifestação nacional da CGTP termina com uma intervenção político-sindical do secretário-geral, Arménio Carlos.