No final da reunião camarária de hoje, e questionado pelos jornalistas na sequência da intervenção de um munícipe no período aberto ao público, José Maria Costa explicou que os "especialistas" consultados pelo município dizem ser "necessário que o chafariz seja totalmente desmontado, tratado e para ser, novamente, recolocado".
"Essa intervenção obedece a um projeto técnico específico, não só de consolidação da estrutura, mas de tratamento das patologias do granito e implica o acompanhamento por parte da Direção Regional de Cultura do Norte, sendo que o projeto terá de ser validado pela Direção-Geral do Património Cultural", explicou.
O autarca admitiu que, por ser "um projeto complexo, há poucas empresas certificadas pelas entidades reconhecidas pelo Ministério da Cultura", para o executar.
Costa adiantou que a pedra do monumento, localizado em pleno centro histórico da cidade, "apresenta algumas patologias, a parte superior partiu há cerca de 100 anos, num grande temporal que afetou a cidade e que toda a tubagem interior vai ter de ser substituída".
"Estamos a concluir o caderno de especificação técnica de forma a que, no próximo ano, o chafariz esteja totalmente reabilitado e a funcionar como é vontade dos vianenses e da Câmara que já tem uma verba reservada no orçamento de 2020 para suportar a intervenção", especificou.
O autarca recordou a "peripécia" em torno da construção do chafariz: "O chafariz demorou bastante tempo a ser construído. Na altura, a Câmara teve necessidade de vender algum património para o poder concluir", observou.
Segundo informação que consta no sítio na Internet da Câmara de Viana do Castelo, o chafariz situado na Praça da República, ex-libris da cidade, "foi construído, ou pelo menos concluído em 1559, sendo obra do mestre canteiro João Lopes "o velho", o mesmo que alguns anos antes executara o chafariz de Caminha e, muito provavelmente, alguns exemplares semelhantes que se podem encontrar em cidades galegas como Pontevedra".
"Foi durante vários séculos o ponto de abastecimento de água potável da população vianense e, pela sua monumentalidade e localização, uma das referências urbanas do burgo", explica a publicação da autarquia.
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