De acordo com o presidente da Câmara de Nelas, Borges da Silva, dos 12.500 hectares de área total do concelho, arderam 38,5%.
No que toca a área florestal, as chamas consumiram 4.800 dos 7.682 hectares de área florestal, ou seja, 62,5%.
Em termos de vinha, a estimativa de área ardida ronda os 40 hectares, dos 1.500 existentes.
"As nossas mais de 70 unidades empresariais, que empregam à volta de 2.500 trabalhadores, não foram afetadas, nem parou a produção em lado nenhum. Nenhuma das três áreas industriais tiveram consequências", acrescentou.
Em declarações à agência Lusa, Borges da Silva, explicou que ardeu um total de 24 prédios urbanos, sendo seis primeiras habitações e 18 prédios devolutos. Ficaram desalojadas dez pessoas, que "já estão encaminhadas".
Animais mortos de médio porte contam-se mais de 50, assim como 200 de pequeno porte e várias colmeias de abelhas, cujo levantamento está ainda por fazer.
"Temos já em curso a obra de consolidação de fachadas dos prédios afetados e estamos já em contacto com a administração local, no sentido de ver que tipo de apoio existe para fazer face aos danos que ocorreram", referiu.
O autarca sublinhou ainda que estão a analisar "a possibilidade de não haver pagamento de água dos domésticos e industriais superior ao habitual, uma vez que houve muita gente a disponibilizar água para os fogos".
"Estamos também a fazer um levantamento da necessidade de reposição de anexos, pois arderam muitos, onde as pessoas tinham lenha para o inverno, por exemplo, ou anexos de apoio a explorações agrícolas, estudando-se a possibilidade de repor a lenha a essas pessoas. Estamos ainda a contactar empresas instaladas no concelho e fornecedores de lenha, para tentar repor alguma normalidade às pessoas", concluiu.
O incêndio de domingo provocou uma vítima mortal no concelho de Nelas, entre as 41 já contabilizadas na totalidade.
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