A audição do CEMGFA, Pina Monteiro, foi marcada para as 11:00 de terça-feira e, às 15:30, será ouvida a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, disse à Lusa fonte parlamentar.

Na quinta-feira, às 15:30, a comissão de Defesa Nacional vai ouvir o secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, José Júlio Pereira, e, para 12 de setembro, ainda na presente sessão, ficou agendada uma nova audição do ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

Estas audições, hoje agendadas, foram requeridas pelo PSD e aprovadas terça-feira na reunião da comissão de Defesa Nacional. Na reunião, o deputado do PSD José Matos Correia argumentou que é necessário esclarecer “sucessivas intervenções contraditórias” sobre eventuais ligações do furto de material militar dos paióis nacionais de Tancos a redes terroristas.

O deputado social-democrata disse que para o PSD as audições poderão decorrer à porta aberta, mas a decisão será tomada no próprio dia.

O Ministério Público abriu um inquérito ao desaparecimento daquele armamento militar, estando em causa suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.

Matos Correia justificou ainda a necessidade de mais esclarecimentos sobre esta matéria afirmando que depois da reunião do passado dia 11 entre o primeiro-ministro, António Costa, os chefes militares dos três ramos e o general Pina Monteiro, “factos que tinham sido considerados graves passaram a ser considerados de menor relevância”.

No passado dia 11, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, revelou que os lança-foguete furtados “provavelmente” não teriam condições de serem usados com eficácia já que estavam indicados para abate.

A comissão de Defesa Nacional solicitou ainda ao Ministério da Defesa “informação acerca do andamento” do processo e das averiguações determinadas para apurar as circunstâncias e condições em que ocorreu o furto.

O furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de junho.

Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.