Durante uma entrevista ao canal televisivo NBC News, Miller declarou sobre este conflito começado há 17 anos: “Não se ganha militarmente. É preciso uma solução política”.
O chefe militar adiantou que os insurgentes também “estão conscientes” de que não vão conseguir os seus objetivos no terreno de batalha, o que facilita uma saída negociada do conflito.
“Se se aceita que não se pode ganhar militarmente, a luta é simplesmente… as pessoas começam a questionar-se para quê… pelo que creio que é o momento para começar a trabalhar no aspeto político deste conflito”, disse.
Miller assumiu o comando das tropas aliadas em setembro e em 18 de outubro saiu ileso de um atentado dos talibãs ao complexo do governador da província meridional de Kandahar, que provocou a morte a vários dirigentes locais.
“Nada disto está isento de risco”, reconheceu.
Por outro lado, falou das outras ameaças à coligação militar neste país asiático, o designado Estado Islâmico (EI) e a Al-Qaeda.
“O EI é perigoso. Têm apoios no estrangeiro, contam com recursos variados e têm redes fora do Afeganistão”, detalhou Miller.
Sobre a Al-Qaeda, o general admitiu que os aliados a vigiam “muito estreitamente”, uma vez que “apesar de estarem em baixo, ainda não estão acabados”.
Questionado se se sente otimista quanto ao fim do conflito no Afeganistão, que começou em 2001, na sequência dos atentados de 11 de setembro, Miller mostrou-se cauteloso: “Vejo caminhos abertos. Alguns cheios de riscos. Mais do que otimista, diria que sou pragmático”, respondeu.
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