Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à sede da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o líder do Chega afirmou que “a Igreja, as forças de segurança, os autarcas estão a fazer a sua parte do trabalho”.
“Acho que o Governo tem falhado em planeamento, antecipação e previsibilidade”, defendeu, considerando que o plano de mobilidade já devia ter sido apresentado.
O deputado considerou que “é impossível depois pedir aos empresários que tenham uma atividade proativa, que ajudem, etc, quando a estes dias eles não sabem se a sua rua vai estar fechada ou não”.
Recebido pelo presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, bispo Américo Aguiar, André Ventura agradeceu o trabalho dos voluntários e o “esforço enorme” que têm feito e manifestou a expetativa de que vá correr tudo bem.
Questionado sobre o anúncio de que o memorial de homenagem às vítimas de abuso sexual na Igreja Católica em Portugal não vai ser apresentado na JMJ, contrariamente ao anunciado, pois “ainda está em estudo”, Ventura afirmou que, segundo as informações de que dispõe, trata-se “de uma questão logística” que se prende com “o memorial não estar pronto naquela data”, mas “vai existir”.
“Com tudo o que aconteceu este ano, era um sinal importante e era um sinal que a Igreja queria dar, mas estou convencido que não sendo naquele dia será uns dias depois. O que é importante é que o memorial seja feito”, defendeu, apontando que “a questão dos abusos sexuais, quer na igreja, quer fora dela, […] são um fagelo que tem que acabar”.
André Ventura aproveitou também para felicitar Américo Aguiar pela nomeação como cardeal pelo Papa Francisco, considerando ser “um orgulho”.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 indicou que foi endereçado um convite a “todos os partidos” para visitarem a sede para “agradecer aquilo que tem sido o empenho, a atenção e a disponibilidade no acompanhamento da jornada e também pedir que possam continuar a acompanhar e a ajudar”.
“Faltam 21 dias. Estamos felizes e conteste e ao mesmo tempo nervosinhos com os 21 dias que faltam”, afirmou o bispo Américo Aguiar.
No que toca a partidos políticos, além do Chega, também os líderes do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Melo, visitaram a sede da JMJ.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto em Lisboa, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
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