Em comunicado hoje divulgado, assinado pelos deputados Pedro Pinto e Bruno Nunes, o Chega pede “a marcação de audição com caráter de urgência, sobre os indícios das falhas reportadas no combate aos incêndios, entre as quais as relacionadas com as do SIRESP e as suas consequências ao nível das áreas ardidas, bem como das falhas generalizadas no combate aos incêndios e, em especial, relativamente ao incêndio na Covilhã”.
Além do MAI, o partido liderado por André Ventura pretende que sejam também ouvidos o chefe do serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), o presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), o comandante dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPC) e a presidente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
Segundo a nota, com data de sexta-feira, os deputados destacam dois pontos aos quais querem resposta, o primeiro dos quais em relação às “falhas” do SIRESP, lembrando os fogos de Pedrógão de 2017 e que os “operacionais, autarcas e responsáveis de corporações de bombeiros que atuaram no combate aos incêndios, afirmam que o SIRESP falha consecutivamente nas situações críticas em que deveria estar a funcionar em pleno e para as quais foi, aliás, adquirido”.
O segundo ponto diz respeito ao que os deputados consideram ser “falhas no combate ao incêndio na Covilhã”, considerando “incompreensível que dia 10 de agosto, em período de grande necessidade para pôr cobro ao incêndio que lavrava na Covilhã, três (aviões) Canadair tenham estado inoperacionais, um por avaria mecânica e os outros para realizar inspeções devido às horas de voo. É incontestável que se verificaram (uma vez mais) falhas brutais e incontornáveis no combate a este incêndio”.
“A audição das várias entidades é essencial para perceber exatamente o funcionamento ou não do SIRESP e quais as falhas que devem urgentemente ser colmatadas por forma a que se possa, efetivamente, investir na prevenção e num combate mais eficiente”, pode ler-se no requerimento.
De acordo com os deputados, após o conhecimento das dificuldades sentidas no terreno, “é fundamental a audição do Ministro da Administração Interna, em especial no que diz respeito ao incêndio na Covilhã, sem prejuízo de se mostrar necessária e útil a constituição de uma comissão independente que possa avaliar o encadeamento dos acontecimentos, as falhas verificadas e a quem devem ser imputadas”.
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