Em conferência de imprensa, o porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, acusou os navios filipinos de “intrusão”.
Lin disse que a guarda costeira da China, que informou mais cedo ter expulso dois navios oficiais das Filipinas, um dos quais pertencente à guarda costeira do país insular, desempenhou as suas funções “de acordo com a lei e garantindo a integridade territorial da China”.
“Exortamos as Filipinas a pararem imediatamente com estas provocações e a não desafiarem a firme determinação da China em defender a sua soberania”, acrescentou o porta-voz.
Este incidente segue-se ao do mês passado, quando Pequim alegou que 34 cidadãos filipinos “desembarcaram ilegalmente” em Sandy Cay (conhecida na China como Tiexian), outra ilha no mar do Sul da China cuja soberania é disputada pela China e pelas Filipinas, entre outros países.
Estas águas, fundamentais para o comércio marítimo mundial e ricas em recursos naturais, foram palco de vários confrontos entre navios chineses e filipinos nos últimos meses.
As autoridades chinesas reivindicam quase todo o Mar do Sul da China, incluindo os arquipélagos de Paracel e Spratly, uma reivindicação que se sobrepõe às zonas económicas exclusivas de 200 milhas de países como as Filipinas, o Vietname e a Malásia, ao abrigo do direito internacional.
O Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., reforçou os laços de defesa com os Estados Unidos e criticou Pequim pelas reivindicações de soberania no Mar do Sul da China.
Pequim alega razões históricas, mas em 2016 o Tribunal Permanente de Arbitragem confirmou a reivindicação de Manila contra as pretensões das autoridades chinesas, uma decisão que a potência asiática se recusou a cumprir.
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