A organização de defesa dos direitos humanos pediu ainda às autoridades chinesas que sejam "transparentes", sobre o local de detenção de Yang, e que lhe garantam acesso a um advogado.

O escritor e comentador, que serviu como diplomata da China, antes de se naturalizar cidadão australiano, e que é crítico do Partido Comunista Chinês, foi preso por agentes da Segurança do Estado, confirmou na quinta-feira o Governo chinês.

A acusação de "ameaça à segurança nacional" é frequentemente usada na China contra críticos do Partido Comunista, e suportada com poucas evidências.

"Yang Hengjun corre sério risco de ser torturado, e outros maus-tratos", escreveu, num comunicado, Joshua Rosenzweig, investigador da AI para a Ásia, afirmando que se o escritor realmente está sob prisão domiciliar, "então há motivos para se estar seriamente preocupado com o seu bem-estar".

A organização instou as autoridades chinesas a serem "transparentes" e a revelarem onde está Yang detido, assegurando-lhe imediatamente acesso a um advogado da sua escolha e aos funcionários consulares australianos.

A detenção ocorre um mês depois de as autoridades chinesas terem detido Michael Kovrig, antigo diplomata do Canadá, e Michael Spavor, empresário que organiza viagens turísticas e eventos desportivos na Coreia do Norte, numa aparente retaliação pela detenção da executiva da Huawei Meng Wanzhou, no Canadá.

Ambos foram também acusados de "ameaçarem a segurança nacional da China".

Yang estava atualmente a residir nos Estados Unidos, com a mulher e a filha, de 14 anos, mas visitou a China, na semana passada.