O encontro começa esta quarta-feira com um jantar e prosseguirá na quinta-feira com um discurso de Xi e debates.
A China, segunda maior economia do mundo, é o principal parceiro comercial de África e procura acesso aos grandes recursos naturais do continente, como ouro, cobre, lítio e terras-raras.
Também concedeu aos países africanos milhares de milhões de dólares em empréstimos que ajudaram a construir infraestruturas, mas que também provocaram polémica devido ao endividamento provocado.
Segundo uma contagem da AFP, 25 governantes chegaram a Pequim ou confirmaram a participação no fórum China-África, incluindo alguns países com grandes dívidas.
Antes da reunião da cimeira, o presidente chinês teve encontros com mais de 10 líderes africanos em Pequim, segundo a imprensa estatal chinesa, que elogiou Xi como um "verdadeiro amigo de África".
Durante um encontro com o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, um dos países mais beneficiados pelos empréstimos chineses, Xi defendeu mais cooperação para o "desenvolvimento de infraestruturas, energia e recursos minerais", segundo a agência estatal Xinhua.
Também expressou apoio ao homólogo do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, alvo de sanções dos Estados Unidos por casos de corrupção e abusos dos direitos humanos.
Vários analistas afirmam que a "generosidade" de Pequim com África pode ser reduzida perante os problemas económicos internos da China.
Ao mesmo tempo, as disputas com os Estados Unidos podem influenciar cada vez mais a política externa de Pequim.
"Receber os africanos é do interesse geopolítico para a China, que deseja manter estes países ao seu lado diante da rivalidade com os Estados Unidos", comentou Zainab Usman, diretora do Programa para África do Carnegie Endowment for International Peace.
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