Ma Zhaoxu enfatizou que, sob a “liderança estratégica” dos Presidentes da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, respetivamente, as relações bilaterais registaram um “alto nível de desempenho”.

“A China espera fortalecer a coordenação estratégica com a Rússia e aprofundar a cooperação em estruturas multilaterais como as Nações Unidas, a Organização de Cooperação de Xangai, os [bloco de economias emergentes] BRICS e o G20 [as 19 economias mundiais mais desenvolvidas e a União Europeia], de modo a promover o desenvolvimento de um sistema de governação global, numa direção mais sustentável e razoável”, disse o mesmo representante, citado num comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Segundo a mesma nota, Denisov indicou que Moscovo também quer trabalhar com Pequim para “implementar o importante consenso alcançado” pelos dois chefes de Estado e fazer “esforços incessantes” para que os laços bilaterais se desenvolvam de “maneira saudável”.

A China recusa condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia e critica a imposição de sanções contra Moscovo. Pequim considera a aliança com o país vizinho fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.

Na semana passada, a NATO classificou a Rússia como uma “ameaça” e a China como um “desafio” aos seus “interesses, segurança e valores”.

No encontro entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G20, que decorre esta semana em Bali, na Indonésia, o ministro chinês, Wang Yi, prevê reunir-se com o homólogo norte-americano, Antony Blinken.

Blinken descartou um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov.

Em 4 de fevereiro, Putin e Xi proclamaram, após um encontro em Pequim, que as relações bilaterais tinham entrado numa “nova era”, e destacaram o bom estado das relações entre os dois países.