Segundo vários meios de comunicação chineses, a aplicação intitula-se “Instituto Universitário da Casa dos Jornalistas” e foi lançada a 30 de junho.
A plataforma, com mais de 220 cursos, centra-se na transmissão da doutrina de imprensa do PCC e no acompanhamento do progresso dos jornalistas, bem como na certificação dos resultados da formação.
Os cursos vão desde tópicos fundamentais, como o controlo da imprensa pelo PCC e os conceitos de liderança de Xi Jinping, a aspetos mais práticos, incluindo vídeos instrutivos de jornalistas veteranos do PCC sobre conceitos políticos fundamentais.
Segundo o China Media Project, um programa de investigação independente com sede em Taiwan, um dos principais objetivos da aplicação é promover a formação de jornalistas “influentes” para trabalharem a sua influência pessoal nas redes sociais, a fim de “orientar” a opinião pública.
O projeto dá também ênfase à “fé política” no PCC como base da segurança ideológica e aborda a estratégia para lidar com a batalha da opinião pública global em plataformas estrangeiras, como o Twitter e o Facebook.
Na cerimónia de lançamento da aplicação, a 30 de junho, He Ping, presidente da Associação de Jornalistas de Toda a China (ACJA), afirmou que a plataforma será crucial para “reforçar a espinha dorsal” dos jornalistas chineses e “armá-los” com os conceitos do governo de Xi Jinping.
A iniciativa ilustra o esforço das autoridades chinesas para expandir o controlo ideológico sobre os meios de comunicação social e a opinião pública do país.
Em maio passado, o último relatório sobre a liberdade de imprensa elaborado pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que classificou a China em 175.º lugar entre 180 países, afirmava que o gigante asiático “está a realizar uma campanha de repressão contra o jornalismo e o direito à informação em todo o mundo”.
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