"O abuso por parte dos Estados Unidos e do Canadá das regras de extradição é uma violação séria dos direitos legítimos de um cidadão chinês", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang.
Na sexta-feira, o Departamento de Justiça do Canadá emitiu uma autorização para dar início ao processo de extradição de Meng, filha do fundador da Huawei, que foi detida pelas autoridades do Canadá a pedido dos Estados Unidos quando fez escala em Vancouver a caminho do México, numa medida que causou uma crise diplomática entre Otava e Pequim.
"Este é um evento político sério. Mais uma vez apelamos aos Estados Unidos que retirem imediatamente o mandado de detenção e o pedido de extradição", sublinhou o responsável chinês.
Após a detenção da diretora da Huawei no Canadá, a China respondeu com a detenção de dois cidadãos canadianos: o diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor, acusado de colocar em risco a segurança nacional do gigante asiático.
É esperado que Meng, que está atualmente em liberdade sob fiança e proibida de deixar a sua casa em Vancouver, no oeste do Canadá, compareça, no dia 06 de março, perante a Supremo Tribunal da província de British Columbia para iniciar o processo de extradição.
Em janeiro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou a Huawei, duas empresas filiadas e Meng Wanzhou de 13 acusações de fraude e conspiração para, alegadamente, ignorar as sanções impostas por Washington ao Irão.
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