O número total de mortes na China tem-se mantido nos 3.300 há semanas, mas hoje teve um acrescento significativo, subindo para 4.636 óbitos.
Tal deve-se à cidade de Wuhan, onde o surto de covid-19 começou, que reviu os seus números e os aumentou em 50% — mais 1290 óbitos do que os inicialmente reportados.
Segundo a cidade chinesa a revisão deve-se à contagem de mortes fora dos hospitais.
Há vários dias que havia dúvidas sobre os números reportados na China, tendo mesmo Donald Trump, Presidente dos EUA, sugerido que estes seriam um pouco maiores do que o que era conhecido.
Ao divulgar os novos números, as autoridades da cidade de Wuhan salientaram que a sua intenção não era esconder informação.
Wuhan tem 11 milhões de residentes e esteve 11 semanas em lockdown.
Entretanto, nas últimas 24 horas, a China registou 26 casos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo 11 de contágio local, informou a Comissão de Saúde do país.
Trata-se de uma redução dos casos importados, depois de um aumento significativo nos três dias anteriores, entre cidadãos chineses que entraram na província de Heilongjiang, no nordeste da China, a partir da Rússia.
Entre os casos de contágio local, cinco foram detetados na província de Guangdong, adjacente a Macau, no sudeste do país, e os restantes nas províncias de Heilongjiang, Shandong e Liaoning.
Até às 23:59 de quinta-feira (16:59, em Lisboa), não houve novas vítimas mortais, 52 pacientes receberam alta após terem superado a doença e seis deixaram de ser considerados graves.
O país voltou assim a reduzir o número de infetados “ativos”, para 1.081, entre os quais 89 em estado grave.
O número total de infetados diagnosticados na China desde o início da pandemia é de 83.753, incluindo 4.636 mortos. Até ao momento, pelo menos 77.944 pessoas tiveram alta.
As autoridades chinesas referiram que 722.009 pessoas que tiveram contacto próximo com infetados estiveram sob vigilância médica na China, entre as quais 8.970 permanecem sob observação.
A nível global, a pandemia de covid-19 já causou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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