À margem da cerimónia de entrega dos certificados de bolsa de estudo a sete alunos portugueses para estudarem na China, em Lisboa, o presidente executivo da CTG para a Europa, Xu Weili, adiantou que a empresa - maior acionista da EDP - pretende continuar a dar cumprimento à parceria estratégicaa, tendo já definido os dois próximos investimentos em parceria com a elétrica liderada por António Mexia.
"Planeamos investir com a EDP no Reino Unido e na França entre o final deste ano e o início de 2017 em projetos eólicos 'offhore'", adiantou à Lusa o responsável da CTG, referindo que o avanço do projeto eólico na Escócia está apenas "dependente do Governo do Reino Unido".
Segundo o responsável, a CTG ficará com uma participação de entre 10 e 20% na Moray Offshore Renewable, projeto eólico ‘offshore' (em mar) que prevê a construção e operação de 1.116 megawatts (MW), potência suficiente para abastecer cerca de 700 mil habitações.
Em fevereiro, a EDP Renováveis anunciou a aquisição da participação de 30% que a Repsol detinha no projeto da Escócia, ficando detentora de 100% do projeto eólico, em que a CTG entrará como parceira.
Em junho, no rescaldo do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia ('brexit'), o presidente executivo da EDP, António Mexia, admitiu que o projeto eólico na Escócia possa sofrer atrasos, cujos leilões estavam previstos até ao final de 2016.
Em declarações à Lusa, Xu Weili referiu que a CTG avançará também com a EDP num projeto "semelhante", de energia eólica 'offshore' em França, que o consórcio que integra a EDP Renováveis ganhou em 2014, para o desenvolvimento de uma capacidade de 1.000 MW, com conclusão prevista até 2021.
A CTG, principal acionista da EDP, entregou hoje os certificados com as bolsas de estudo - CTG SCHOLARSHIP - aos alunos das Universidades de Lisboa, Porto e Coimbra, selecionados para desenvolverem estudos superiores em universidades chinesas no próximo ano escolar.
A empresa estatal CTG é desde 2012 a principal acionista da EDP, depois de ter comprado ao Estado português uma participação de 21,35% da elétrica, num dos maiores investimentos chineses na Europa, tendo entretanto estabelecido um memorando de entendimento que prevê um conjunto de investimentos em parceria em vários mercados.
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