A quase totalidade das mortes aconteceram no estado do Rio Grande do Sul, que tem até o momento 100 óbitos confirmados, de acordo com a Defesa Civil local. Já o estado de Santa Catarina registou uma morte.
Segundo as autoridades do Rio Grande do Sul, há 128 pessoas desaparecidas e 372 pessoas feridas devido às fortes chuvas que afetam diretamente 1,4 milhões de pessoas. Além disso, mais de 66 mil pessoas estão em abrigos criados para acolher a população retirada das áreas inundadas e de risco e há ainda 163.720 pessoas desalojadas.
Em 417 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul há registo de problemas relacionados com o maior desastre climático ocorrido neste estado brasileiro.
Na noite de segunda-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, alertou a população para o risco de enchentes nos municípios localizados nas margens da Lagoa dos Patos.
A água que inundou a capital regional, Porto Alegre, e que tem levado o caos a vários bairros da cidade que permanecem inundados, baixou um pouco na terça-feira e hoje desce pela lagoa em direção ao mar.
As autoridades brasileiras ainda estão focadas em resgatar sobreviventes isolados, ao mesmo tempo que trabalham para garantir energia e água à população atingida.
Especialistas alertaram para o risco de novos problemas já que as condições meteorológicas na região podem ser agravadas por uma frente fria que chega à região sul do estado e que provocará chuva e uma descida da temperatura esta semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Com 11 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul tem sido bastante afetado pelas mudanças climáticas. Depois de sofrer problemas com uma forte seca devido ao fenómeno La Niña, no ano passado a região passou a ser afetada pelo El Niño e registou, em menos de 12 meses, quatro desastres climáticos causados por ciclones extratropicais e tempestades.
Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, causando 75 mortos neste estado brasileiro.
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