Francisco Pedro Balsemão falava no último dia do 31.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorreu em Lisboa, no painel sobre o Estado da Nação dos Media.

“Se calhar nunca vamos saber a razão por trás deste ataque”, afirmou o gestor, apontando que “é um problema para todos, grupos de media, retalho, saúde, banca, seja o que for”.

Sobre as lições que tirou deste ciberataque, no início deste ano, Francisco Pedro Balsemão sintetizou: “Prevenção, reação e transformação”.

A prevenção tem a ver com os planos de contingência da gestão de vulnerabilidades, de acessos, ‘backups’ e a transformação é um tema que envolve todos os que trabalham nas organizações, porque é preciso que todos estejam sensibilizados para o tema, explicou.

Por sua vez, Luís Cunha Velho, membro da administração da Media Capital, disse que a empresa fez “planos de contingência de segurança”.

No entanto, “há aqui um dado que não podemos descurar: recentemente - isto é muito importante porque acho que a tecnologia tem que nos ajudar a resolver algumas questões -, numa peça que foi criada por um jornalista, sem identificação da fonte, ela foi desencriptada”, disse o administrador.

“Criamos planos de contingência, mas ainda estão aquém”, porque este incidente aconteceu há poucos dias, acrescentou.

A RTP já estava a desenvolver sistemas de segurança, de proteção. “O que aconteceu é que acelerámos obviamente isso”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da RTP, Nicolau Santos.

“Gostava de salientar que este episódio, que foi muito duro para a Impresa, do meu ponto de vista também teve algo positivo - eu sei que, pelo menos da parte da RTP, mas suponho também da TVI, houve a imediata disponibilidade para poderem utilizar as nossas estruturas, para poder continuar a emissão, se isso fosse possível”, partilhou Nicolau Santos.

Francisco Pinto Balsemão confirmou essa disponibilidade, que considerou que “foi muito importante” e agradeceu.

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