A venezuelana Daniela Larreal Chirinos, que já participou cinco vezes nos Jogos Olímpicos, foi encontrada morta no seu apartamento em Las Vegas, nos Estados Unidos da América, quatro dias depois do seu desaparecimento.

Segundo o The Guardian, as autoridades revelaram que a causa da morte terá sido asfixia, devido a um engasgamento com comida. Ainda que o parecer médico não seja conhecido, a polícia afirmou que foram encontrados restos de comida sólida na traqueia da vítima.

De acordo com a Fox Sports, citada pela publicação britânica, Chirinos, que tinha agora 50 anos, chamou a atenção no dia 12 de agosto quando não apareceu para iniciar um novo dia de trabalho no hotel onde trabalhava na mesma cidade norte-americana.

A ex-atleta, que competia em ciclismo de velocidade, foi uma das que mais elevou a bandeira da Venezuela, ao ter competido nas Olimpíadas de verão de 1992, em Barcelona, de Atlanta, em 1996, de Sydney, em 2000, de Atenas, em 2004 e de Londres, em 2012.

Apesar de nunca ter conquistado uma medalha olímpica, a ciclista ganhou duas medalhas de ouro nos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, em San Salvador, no ano de 2002. Já um ano depois, em 2003, ganhou duas medalhas de prata nos Jogos Pan-Americanos, em Santo Domingo, na República Dominicana.

Daniela era conhecida por ser uma voz ativa na política do seu país e crítica do governo autoritário de Hugo Chávez.

Juntamente com o na altura ministro do Desporto, Hector Rodriguez, acusou o falecido presidente de desviar dinheiro da Venezuela através do patrocínio de um piloto de corridas que afinal não existia.

Já quando Nicolás Maduro assumiu o poder da Venezuela, em 2013, a então atleta intitulou a presidência de "ditadura" e foi consequentemente forçada ao exílio e proibida de entrar no país.

A partir daí, Larreal mudou-se para os EUA, mais precisamente para Miami, onde trabalhou como motorista da Uber. Recentemente tinha-se mudado para Las Vegas.