O ministro Eduardo Cabrita referiu que o avião comercial vai transportar elementos da Força Especial de Bombeiros da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), da Unidade de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana (GNR) e bombeiros de corporações do distrito de Santarém, bem como nove pessoas do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses e duas do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária, para ajudarem na identificação das vítimas mortais.
A bordo vão também entre 10 a 12 embarcações semirrígidas para ajudarem nas operações de apoio e resgate que estão a decorrer em Moçambique, afetado pelo ciclone Idai, que devastou a região da Beira e fez pelo menos 242 mortos, segundo o mais recente balanço das autoridades moçambicanas.
“Amanhã (sexta-feira), conseguimos o fretamento de um avião comercial que levará embarcações de socorro, material de comunicações, que é decisivo dada a dificuldade de comunicações que se regista na área afetada, mais seis toneladas de material militar, para apoio aos militares que estão já a caminho de Moçambique, e mais cerca de 50 efetivos adicionais com características muito plurais: 20 bombeiros voluntários da região de Santarém, com experiência de trabalho em inundações, bombeiros da Força Especial de Bombeiros da ANPC e militares da Guarda Nacional Republicana, sobretudo da área de proteção e socorro”, indicou o ministro.
Após a cerimónia de despedida dos 18 elementos que hoje partem para Moçambique, do aeródromo de trânsito de Figo Maduro, em Lisboa, Eduardo Cabrita declarou à imprensa: “Portugal estará à altura daquilo que é a nossa obrigação de solidariedade com o povo moçambicano, nesta hora difícil. Ontem (quarta-feira), tivemos um conjunto de elementos fundamentalmente militares, hoje temos uma missão centrada na dimensão humanitária e de proteção civil”.
“Entre os [18] elementos que hoje se deslocam, temos bombeiros da Força Especial de Bombeiros, elementos da Unidade de Proteção e Socorro da GNR, mais dois binómios cinotécnicos da GNR, coordenados pelos elementos da estrutura de comando da ANPC, e acompanham-nos já hoje também dois técnicos da EDP, que vão avaliar os trabalhos de restabelecimento da energia elétrica e uma médica do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”, precisou.
O avião C-130 que hoje parte de Figo Maduro leva igualmente “seis toneladas de material para apoio às populações”, como alimentos, ‘kits’ de higiene pessoal e esteiras, acrescentou o ministro.
A médica do INEM que hoje viaja para Moçambique, Raquel Ramos, vai fazer uma avaliação das necessidades no terreno, depois de o principal hospital da Beira ter sido totalmente destruído pelo ciclone Idai.
“Já está um elemento do INEM na Beira, eu irei reforçar essa equipa para fazer a ponte entre aquilo que possam ser as necessidades assistenciais mais do ponto de vista, obviamente, da emergência médica, das necessidades das estruturas hospitalares, para que depois possa transmitir essa informação para cá e seja analisada a resposta que é necessário enviar para o país, caso as autoridades moçambicanas assim o solicitem”, explicou.
Segundo a médica, há um hospital de campanha com 27 elementos do INEM preparado para partir para o país assim que surja um pedido de Moçambique para tal.
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