O estudo, conduzido pelo Instituto de Física da Academia Chinesa de Ciências e publicado na revista Nature, destaca-se pelas suas potenciais aplicações na eletrónica e optoeletrónica, referiu na quinta-feira a agência de notícias estatal Xinhua.

A equipa utilizou um método inovador chamado compressão de van der Waals, que estabilizou camadas ultrafinas de bismuto, estanho, chumbo, índio e gálio entre monocamadas de dissulfato de molibdénio (MoS₂), evitando a sua degradação devido a reações químicas com o meio ambiente.

Estes metais bidimensionais exibem propriedades físicas emergentes, incluindo condutividade elétrica superior às suas contrapartes tridimensionais e um novo modo de vibração fonónica.

"A espessura destes metais 2D é apenas um milionésimo de uma folha de papel A4 e uma 200.000ª parte do diâmetro de um fio de cabelo humano", frisou Zhang Guangyu, membro da equipa de investigação, à Xinhua.

Segundo o cientista, se um cubo de metal de 3 metros fosse comprimido numa única camada atómica, poderia cobrir toda a superfície de Pequim.

A descoberta expande significativamente o campo dos materiais 2D, que até agora era dominado por compostos como o grafeno.

Os investigadores destacam o seu potencial para aplicações em microtransistores de baixa potência, displays transparentes, sensores ultrassensíveis e dispositivos de alta frequência.

"Esta conquista preenche uma lacuna importante na família de materiais 2D e vai promover avanços teóricos, experimentais e tecnológicos", garantiu Du Luojun, outro membro da equipa.