Em declarações à Lusa, o presidente da CIM, Manoel Batista, disse que a reunião foi pedida e que se aguarda resposta, sem querer “adiantar mais nada” sobre a subida de 88 para 200 euros mensais na deslocação por transporte público rodoviário entre Viana do Castelo e o Porto devido à inexistência de um passe para passageiros regulares.
O presidente da Câmara de Viana do Castelo afirmou hoje ser necessário “esperar” pelas “diligências da CIM do Alto Minho junto da AMP” para criar um passe de transporte entre as duas regiões.
“A CIM do Alto Minho está a fazer diligências com a AMP. No mesmo percurso [Viana do Castelo - Porto] temos três entidades. Temos de esperar”, afirmou Luís Nobre, no período de antes da ordem do dia da reunião camarária, em resposta a questões dos vereadores da oposição.
Utentes dos transportes entre Viana do Castelo e o Porto criticaram hoje a “incapacidade” da CIM do Alto Minho em se articular com a AMP para criar um “passe único”, evitando a subida de 88 para 200 euros mensais na deslocação.
Em comunicado, a comissão de Utentes de Transportes Públicos do Alto Minho lembra que a Câmara de Viana do Castelo reduziu em 2024 o apoio “de 67% para 40%” às deslocações entre aquele concelho e o Porto, levando a que os utilizadores diários/frequentes enfrentem um aumento de 100%”.
A 09 de janeiro, a CIM do Alto Minho disse ter solicitado uma reunião de trabalho técnico à AMP para avaliar ajustamentos de tarifário e soluções complementares do transporte rodoviário entre Viana do Castelo e o Porto.
Na ocasião, aquela entidade, que agrega os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo, explicou que a situação se deve ao “novo modelo implementado pelas Autoridades de Transportes envolvidas (AMP, CIM Cávado e CIM Alto Minho/município de Viana do Castelo)”.
Devido a este modelo, “foi atribuída uma solução de redução tarifária pelo município de Viana do Castelo para apoiar os utilizadores que, por diversos motivos de viagem, efetuam movimentos pendulares de Viana do Castelo para o Porto”.
“No entanto, extinta a referida carreira pública, os serviços de transporte de passageiros Expresso que, atualmente, estão no mercado liberalizado, não são financiáveis através do Programa de Apoio à Redução Tarifária [PART]”, apontou.
Em dezembro, a CIM do Cávado denunciou que a AMP decidiu acabar com a ligação de autocarro Braga - Porto pela Autoestrada 3 (A3) e o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, responsabilizou a CIM do Cávado pelo fim do serviço, alegando que competia à entidade minhota promover a sua continuidade.
As câmaras do Porto e de Braga acordaram entretanto retomar o serviço de autocarro que liga as duas cidades através da A3.
A autarquia portuense estima gastar cerca de 30 mil euros anuais com o serviço e descontos implementados no autocarro expresso Braga-Porto via A3, nomeadamente para um novo desconto aplicado aos munícipes do Porto, tal como acontecia com os de Braga.
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