Com a organização deste encontro, o Presidente norte-americano cumpre uma promessa eleitoral: trazer os Estados Unidos de regresso aos palcos mundiais para liderar um grupo de democracias empenhadas em fazer frente às ambições expansionistas dos países autocráticos, em particular a China.
Na cimeira virtual — organizada até sexta-feira a partir de Washington – o Presidente norte-americano vai reunir chefes de Estado e de Governo e líderes de organizações, mas também representantes do setor privado e de organizações civis, num esforço global para defender as democracias contra o autoritarismo, a corrupção e os ataques sistemáticos aos direitos humanos.
Todos os membros da União Europeia (UE) irão participar na cimeira, exceto a Hungria, que não foi convidada.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará presente na cimeira, como representante do bloco europeu.
Sem surpresas, os principais rivais de Washington, em particular a China, Rússia ou o Irão, não figuram na lista de participantes.
Turquia (aliado dos Estados Unidos na NATO), Cuba, Guatemala, Venezuela e os parceiros árabes tradicionais dos americanos (Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Qatar ou os Emirados Árabes Unidos) constam igualmente na lista de países que ficaram de fora.
A nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) participam Angola, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Moçambique não foram convidados.
Por outro lado, Biden convidou Taiwan, ilha autónoma que os Estados Unidos não reconhecem como um país independente, mas que encaram como um modelo democrático face à China.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e já chegou a ameaçar a reunificação pela força.
Os críticos da Cimeira para a Democracia questionam a eficácia do encontro e perguntam o que poderá ser atingido em apenas dois dias de uma reunião em formato virtual, além de denunciarem o teor abstrato dos objetivos colocados.
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