As forças israelitas e os grupos armados no Líbano têm-se envolvido numa série de escaramuças de baixa intensidade desde o início da última guerra em Gaza, desencadeada um dia antes com o ataque a Israel por combatentes do movimento islamita Hamas.
A escalada surge no meio de receios de que a guerra possa alastrar ao Líbano, onde os xiitas do Hezbollah, pró-iraniano, manifestaram forte apoio ao Hamas, movimento que governa a Faixa de Gaza desde 2007 e que é considerado como um ”grupo terrorista” pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, além de Israel.
Israel considera o grupo fortemente armado do Líbano como a sua maior ameaça, tendo afirmado que uma incursão terrestre na Faixa de Gaza bloqueada conduziria a uma escalada.
Até à data, as trocas de disparos de artilharia entre o Hezbollah e Israel têm-se limitado a várias cidades ao longo da fronteira, mas Telavive avisou que, se o movimento pró-iraniano abrir uma nova frente de combate, todo o Líbano sofrerá as consequências.
Em 2006, Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de um mês que terminou num impasse.
Desde então, além de confrontos esporádicos e de uma escalada na retórica, o poderio militar do Hezbollah aumentou significativamente e este movimento tornou-se um ator fundamental na Síria, no Iraque e noutros locais da região. A comunidade internacional tem-se esforçado por evitar que a guerra se estenda ao Líbano e, possivelmente, ao resto da região.
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