Numa cerimónia privada que durou 30 minutos e que contou com a presença de cerca de vinte membros da família – incluindo a sua viúva, Nomalizo Leah Tutu — e de vários clérigos, o líder da Igreja Anglicana da África do Sul, Thabo Makgoba, depositou as cinzas de Tutu em frente ao altar principal da catedral.
Seguindo os desejos do próprio Desmond Tutu, que acrescentou à sua luta uma longa lista de causas, incluindo o ativismo climático, o corpo foi cremado no sábado, após o funeral, através de um método chamado aquamação, considerado mais ecológico.
As homenagens ao Nobel da Paz vão prolongar-se nas próximas semanas na África do Sul e em outros países, estando prevista uma cerimónia na Abadia de Westminster, em Londres, cuja data está ainda por confirmar.
Prémio Nobel da Paz em 1984 pela sua luta contra a brutal opressão do ‘apartheid’, Desmond Tutu é considerado uma das figuras-chave da história contemporânea da África do Sul.
A sua carreira foi marcada por uma constante defesa dos direitos humanos, algo que o levou a distanciar-se em numerosas ocasiões da hierarquia eclesiástica para defender abertamente posições como os direitos dos homossexuais ou a eutanásia.
Nos últimos anos, afastou-se da vida pública devido à sua idade avançada e aos problemas de saúde de que sofria, incluindo um cancro da próstata.
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