Com o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da corrida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato mira o eleitorado progressista mais acostumado a votar no Partido dos Trabalhadores (PT), defendendo políticas sociais de inclusão e retomada de investimento para reavivar a economia do Brasil.

Nascido no interior de São Paulo, na cidade de Pindamonhagaba, Ciro Gomes, de 60 anos, passou a infância e a adolescência em Sobral, cidade localizada no interior do estado do Ceará, no nordeste do Brasil.

Advogado de formação e professor universitário de Direito Constitucional e Tributário, ele entrou para a militância política quando ainda era estudante em Fortaleza, capital do Ceará.

Elegeu-se deputado pelo estado do Ceará na década de 1980 para depois tornar-se prefeito de Fortaleza. Em 1990 elegeu-se governador do Ceará.

Ciro Gomes foi ministro da Fazenda, pasta que no Brasil é responsável pela política económica, no Governo do ex-presidente Itamar Franco durante a implantação do plano Real, responsável pela estabilização da inflação no país.

Também foi ministro da Integração Nacional no primeiro mandato do Governo do ex-presidente Lula da Silva.

Ciro Gomes tentou candidatou-se à presidência em 1998 e em 2002, terminando em terceiro e em quarto lugar nas eleições em que foram eleitos, respetivamente os ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

No seu atual programa de governo, o candidato que disputa as presidenciais brasileiras pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) prevê a revogação de uma lei que limitou os gastos do Governo brasileiro por 20 anos.

Ciro Gomes também anunciou que pretende revogar a reforma do sistema laboral, aprovada pelo Parlamento e pelo Governo do Presidente Michel Temer.

Para reavivar a economia do país, que lentamente sai da mais severa crise de sua história mantendo altas taxas de desemprego que atingem mais de 12 milhões de pessoas, Ciro Gomes defende o regresso às obras públicas paralisadas no Brasil e uma ampla reforma tributária aumentando taxas pagas pela parcela mais rica da população.

Outra proposta lançada é um programa polémico para acabar com o sobre-endividamento dos brasileiros que, segundo os cadastros oficiais, atinge 63 milhões de pessoas.

Na educação, prega a universalização do acesso a creches de tempo integral para crianças de até 3 anos de idade e acesso à escola para crianças e jovens com idade de 4 anos a 17 anos cujo objetivo é também combater o abandono escolar.

Em relação à segurança, a sua principal proposta é investir em inteligência e criar uma polícia para patrulhar as fronteiras, além de implantar políticas para diminuir a reincidência da juventude na criminalidade.