“As perspetivas para Cabo Verde estão rodeadas de desafios e sujeitas a alguns riscos, principalmente geopolíticos e relacionados com o clima”, disse Lemaire.

O economista do FMI falava numa declaração à Lusa sobre a economia de Cabo Verde, no seguimento da divulgação do relatório sobre a África subsaariana durante os Encontros da Primavera do FMI e do Banco Mundial.

“Os riscos de desaceleração da atividade económica estão relacionados com um abrandamento significativo dos principais mercados emissores de turistas para Cabo Verde, ou de perturbações no turismo relacionadas com as viagens”, acrescentou o economista, salientando que “novos aumentos dos preços dos combustíveis e alimentos podem afetar os mais vulneráveis”.

A economia de Cabo Verde continua a recuperar depois da recessão de quase 15% registada em 2020 devido ao impacto da pandemia de covid-19 no turismo, o principal setor da atividade económica do país, valendo cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB).

“As chegadas de turistas já alcançaram os níveis anteriores aos da pandemia”, notou o economista do FMI, salientando, ainda assim, que “a prossecução de reformas no setor orçamental e do ambiente de negócios é importante para o crescimento” deste arquipélago africano lusófono.

Cabo Verde está sob assistência financeira do FMI, com uma facilidade alargada de crédito, ao abrigo da qual já recebeu quase 16 milhões de dólares (14,45 milhões de euros) no princípio deste ano, depois de concluir com sucesso a primeira avaliação.

A missão do FMI vai regressar ao país nas próximas semanas para preparar a segunda avaliação, concluiu Thibault Lemaire.

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