A Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (InovCluster), com sede em Castelo Branco, foi criada em 2009 e entrou em funcionamento efetivo em janeiro de 2010, embora só em 2013 tenha começado, efetivamente, a apostar na internacionalização.

"2009 corresponde ao ano de criação. A associação entra em funcionamento efetivo em janeiro de 2010 e, nesse momento, o grande desafio era estabelecer a rede, estabelecer a ligação entre a InovCluster e as várias entidades parceiras. 2013 é o ano em que se começa efetivamente a apostar na internacionalização", explicou hoje à agência Lusa a presidente do Cluster Agroindustrial do Centro, Cláudia Domingues.

Atualmente, a associação conta com 188 associados: até maio deste ano, passou pela ‘InovCluster' um total de 257 empresas associadas.

O volume de negócios dessas empresas atingiu, em 2017, os 481 milhões de euros e, no mesmo ano, o volume das exportações das empresas suas associadas correspondia a 79,6 milhões de euros.

Cláudia Domingues sublinha que a ‘InovCluster' tem tido sempre projetos de financiamento ligados à temática da internacionalização.

"A conquista, exploração e dinamização dos mercados externos passou muito por projetos conjuntos, em que as empresas eram financiadas e partilhavam a sua visita e participação nos mercados com a ‘InovCluster'. E tivemos também, com o apoio dos fundos comunitários, vários projetos em que fomos ao mercado explorar e levar connosco os produtos dos associados. Há vários resultados a este nível", sublinha.

E, como exemplo disso mesmo, estão as 70 ações de promoção internacional realizadas até este ano e que contaram com a participação de 130 empresas.

"Há sinais evidentes de que os nossos produtos têm uma excelência incomparável. Não temos quantidade, mas temos uma qualidade ímpar e os mercados reconhecem isso e estão recetivos aos novos produtos", sustenta.

Atualmente, a associação tem em curso 15 projetos, sendo o valor total do investimento de 2,7 milhões de euros.

"O que no fundo a ‘InovCluster' veio fazer foi potenciar as relações de complementaridade em prol do aumento da competitividade das empresas, quer seja na internacionalização, na inovação, na cooperação, ou mesmo na utilização dos fundos comunitários, apoiando sempre que possível a realização de candidaturas de empresas também a esses fundos", explica.

Cláudia Domingues sublinha que estes 10 anos foram, acima de tudo, um desafio.

"Temos defendido a tradição, mas com a incorporação da inovação. E é isso que temos tentado dinamizar com as empresas, ao longo destes 10 anos. É pô-las num estado vigilante, funcionar como um farol. Existe um conjunto de oportunidades e de tendências e o caminho pode passar também por aí", realça.

Esta responsável faz um balanço "extremamente positivo" destes 10 anos, mas recorda que nada daquilo que foi conquistado aconteceria se não fosse a parceria, os associados, o envolvimento das instituições de ensino superior e, acima de tudo, diz que "não haveria ‘InovCluster' se não fosse o apoio financeiro da Câmara de Castelo Branco".

A presidente do Cluster Agroindustrial do Centro relembra que quando a ‘InovCluster' foi criada, o gestor do Compete era o atual ministro do Planeamento, Nelson de Souza.

"Apostou num ‘cluster' do interior, que foi a ‘InovCluster'. E, portanto, começa no interior, em Castelo Branco, no seguimento da visão dos autarcas. Neste momento, não só trabalha para o país todo, como até para fora do país", conclui.