Depois de falarem numa conferencia de imprensa improvisada no Marques de Pombal, onde dois elementos dos ‘coletes amarelos’ explicaram os motivos pelos quais se manifestavam, os cerca de 80 manifestantes começaram a andar em círculos em torno da rotunda, obrigando ao corte do trânsito.

O momento de maior tensão foi quando os manifestantes decidiram descer para a Avenida da Liberdade e a polícia os tentava demover da decisão.

No decorrer do percurso pela Avenida da Liberdade, até ao Rossio, alguns foram desistindo e abandonando a formação que era escoltada pela polícia.

Durante o percurso os manifestantes foram gritando palavras de ordem, sobretudo, dizendo que estavam a lutar contra a corrupção e entoando, a espaços, o hino de Portugal.

À chegada ao Terreiro do Paço, a polícia acabou por fazer uma ‘caixa de segurança’ deixando os ‘coletes amarelos’ no seu interior.

Foi quando mais alguns dos manifestantes saíram do perímetro da polícia, despindo os coletes e abandonando o local.

Cerca de vinte minutos depois de chegarem ao Terreiro do Paço os manifestantes decidiram, já em menor número, seguir até Belém.

O protesto de hoje dos “coletes amarelos” é o segundo ocorrido em Portugal, depois de no dia 21 de dezembro de 2018 várias concentrações terem tido uma fraca adesão, apesar de provocarem constrangimentos no trânsito em algumas cidades.

Os protestos têm sido convocados através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários em França, propondo, por exemplo, reduções de impostos ao nível dos combustíveis, da eletricidade e das micro e pequenas empresas, bem como o aumento do salário mínimo e das reformas.

Em dezembro, quatro pessoas foram detidas em Lisboa, por resistência e coação às autoridades, e 24 manifestantes foram identificados em todo o país, segundo a PSP.