Respondendo a um apelo nas redes sociais, algumas centenas de pessoas juntaram-se em Telavive e várias dezenas em Jerusalém e mostraram bandeiras israelitas e cartazes denunciando o aumento dos preços, dizendo quererem seguir o exemplo francês.
“A luta contra o aumento do custo de vida apenas começou”, disse à agência France-Presse Azi Nagar, 63 anos, um dos instigadores da manifestação em Jerusalém, perto da residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
“Queremos inspirar-nos no modelo francês para obtermos mudanças reais”, disse aquele militante do Partido Trabalhista (oposição).
Em Telavive, 10 manifestantes foram identificados por perturbação da ordem, disse a polícia.
Os israelitas souberam esta semana pela imprensa que os preços dos alimentos, da eletricidade, da água, das comunicações e até os impostos locais vão aumentar no próximo ano, devido à diminuição do valor da moeda local, o shekel, face ao dólar e ao euro.
O ministro das Finanças, Moshe Kahlon, anunciou a criação de uma comissão encarregada de encontrar soluções.
Em 2011, dezenas de milhares de pessoas participaram num movimento de contestação social contra o custo de vida.
Antigo organizador das manifestações de 2011 e agora ligado ao movimento dos “coletes amarelos”, Shay Cohen afirmou ao diário Maariv que “não só nada evoluiu desde 2011, mas a situação ainda se agravou”.
Embora Israel registe um crescimento que faz inveja a muitos países ocidentais, um desemprego muito baixo e uma inflação quase inexistente, 20% da sua população vive abaixo da linha da pobreza.
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