De acordo com o instituto público, com sede em Peso da Régua, distrito de Vila Real, os produtores da mais antiga região demarcada do mundo declararam este ano uma colheita de 197.077 pipas de vinho (550 litros cada pipa).
Comparativamente com o ano passado, o Douro produziu menos 15,1% pipas de vinho, uma quebra de produção que, no entanto, foi inferior à prevista antes da vindima. Em 2017, a colheita no Douro foi de 232.171 mil pipas.
Este ano até prometia uma boa produção, mas a chuva dos meses de junho e julho criou condições para a propagação do míldio, um fungo que pode infetar todos os órgãos verdes da planta – folhas, cachos e pâmpanos.
Às doenças juntou-se o granizo e, no início de agosto, um escaldão provocado pelo calor, que secou o fruto.
No início de setembro, algumas adegas cooperativas do Douro diziam estar preocupadas com a quebra de produção de vinho e apontavam para uma redução que podia ir dos 20 aos 50%, devido a doenças, granizo e calor.
A situação no Douro é, no entanto, muito heterogénea, verificando-se mais quebras numas zonas do que em outras.
O conselho interprofissional do IVDP fixou, para a vindima 2018, o benefício em 116.000 pipas de mosto, o que, depois da adição de aguardente vínica, se traduz numa produção total de vinho do Porto de 145.587 pipas.
Com esta adição de aguardente vínica a produção total da Região Demarcada eleva-se para as 227.777 pipas de vinho em 2018.
Comparativamente com o ano passado, a colheita para vinhos de Denominação de Origem Douro sofreu uma quebra de 27,6% para as 67.818 mil pipas.
Em contrapartida, o moscatel registou um aumento de 18,8% (6.168 mil pipas).
O IVDP ressalvou que estão ainda a ser feitas validações e retificações às declarações de colheita e produção, pelo que poderá haver algumas alterações nos dados.
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