O chefe máximo das FARC, Rodrigo Londoño, mais conhecido por "Timochenko", foi internado este domingo, após ter sofrido um acidente vascular cerebral.

A Clínica Corporativa de Villavicencio,, no centro da Colômbia, onde está internado, informou que Londoño deu entrada na unidade de saúde por volta das 8h00 locais, e que a sua evolução, até ao momento, é "satisfatória".  Ele está "consciente", informaram os médicos.

Numa conferência de imprensa, Lydis Herrera, diretora da clínica, disse que o líder das FARC apresentou sintomas como "alteração da fala" e "uma disfunção da força muscular" no "membro superior esquerdo", mas assegurou que "até agora sua evolução foi satisfatória, com uma melhoria de 90%".

No entanto, continuará "de maneira preventiva" na unidade de cuidados críticos da clínica.

Segundo complementou Iván Ramírez, médico que trata Londoño, o líder das FARC tem estado "consciente".

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) divulgaram um comunicado no qual asseguram que o estado de saúde do seu "máximo dirigente, Timoleón Jiménez (o seu nome de guerra, a que se acresce "Timochenko"), é estável".

Numa entrevista publicada este domingo no jornal El Espectador, Londoño disse que o seu estado de saúde ia "bem", embora "com a maquinaria um pouco desgastada".

"Timochenko" sofreu um enfarte em fevereiro de 2015 enquanto ainda estavam em curso as negociações em Cuba para colocar fim ao conflito armado que durante mais de meio século assombrou a Colômbia

Segundo revelaram as FARC, em março passado, nessa ocasião o líder guerrilheiro teve que ser reanimado num hospital de Havana.

Cerca de 7 mil guerrilheiros e quase 3 mil colaboradores das FARC completaram esta semana o processo de desarme na Colômbia, dando assim seguimento ao acordo de paz assinado com o governo colombiano, em novembro passado.

[Notícia atualizada às 00h12]