“Hoje [quinta-feira], os colombianos falaram. Nós ouvimo-los. O diálogo social tem sido a principal bandeira deste Governo. Devemos aprofundá-la com todos os setores da sociedade e acelerar a agenda social e a luta contra a corrupção”, disse o chefe de Estado colombiano, num discurso transmitido na televisão.

Dezenas de milhares de colombianos saíram às ruas na quinta-feira contra a política económica e social do Governo conservador, paralisando praticamente todo o comércio e o trânsito nas ruas de várias cidades.

O dia foi maioritariamente pacífico, mas houve tumultos na capital, Bogotá, e em Cali (sudoeste), que decretou recolher obrigatório durante toda a noite.

Duque sublinhou que “apesar dos atos de violência perpetrados por alguns vândalos que não representam os colombianos, a maioria dos cidadãos exerceu as suas liberdades sem violar os direitos dos restantes”.

“Estamos juntos. O povo colombiano está confiante de que nenhum vândalo intimidará a sociedade. Somos um país forte e nunca deixaremos de sê-lo”, vincou.

Os protestos de quinta-feira contra o Governo de Ivan Duque paralisaram praticamente todo o comércio e o trânsito nas ruas de várias cidades.

Desiludidos com o chefe de Estado conservador, no poder desde agosto de 2018, sindicatos e organizações estudantis, indígenas, ambientais e de oposição sairam às ruas com uma longa lista de queixas, desde a persistente desigualdade económica à violência contra ativistas sociais, sustentando assim a onda de descontentamento que a América Latina tem vivido nos últimos meses.