“A AHRESP acompanha com muita apreensão esta greve, na medida em que representa uma ameaça séria à atividade turística num período particularmente sensível que é o da Páscoa”, afirmou o vice-presidente da AHRESP, Joaquim Ribeiro, numa declaração escrita à agência Lusa.
Devido aos constrangimentos de abastecimento de combustível, “o risco de existir uma fuga de turistas para outros destinos é evidente, com prejuízo para as unidades de alojamento turístico e restauração”, declarou.
O responsável afirmou também que é necessário “considerar as dificuldades que os empresários estão a enfrentar para assegurar o abastecimento de produtos essenciais ao seu negócio, bem como a deslocação dos trabalhadores do setor, com dificuldades para chegar aos seus postos de trabalho”.
Neste cenário, a AHRESP apela ao “consenso entre as partes envolvidas nesta crise, de forma a minimizar o seu impacto num setor essencial à economia nacional”.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito.
A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou hoje que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas “praticamente” com a rede esgotada.
O primeiro-ministro admitiu hoje alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o sindicato, foram definidos os serviços mínimos.
Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.
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