Uma multidão em luto, com imagens de Haniyeh e bandeiras palestinianas, concentrou-se junto à Universidade de Teerão, observou o correspondente da agência.

O líder supremo da República Islâmica, Ayatollah Ali Khamenei, vai presidir a uma cerimónia de orações em memória de Ismail Haniyeh, que saudou como “um notável combatente da resistência palestiniana”.

O assassínio do líder político do Hamas, de 61 anos, na quarta-feira, e um ataque israelita na terça-feira, que matou o chefe militar do movimento xiita libanês Hezbollah Fuad Chokr, perto de Beirute, suscitaram o receio de um contágio da guerra que se desenrola há quase dez meses na Faixa de Gaza entre Israel, inimigo declarado do Irão, e o Hamas, apoiado por Teerão.

Apesar de todas as tentativas de mediação terem falhado, a guerra aumentou as tensões no Médio Oriente entre Israel, por um lado, e o Irão e aliados no Líbano, no Iémen, no Iraque e na Síria, incluindo o Hezbollah, por outro.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque de 07 de outubro, em que comandos do Hamas mataram, em solo israelita, cerca de 1.200 pessoas e sequestraram 250.

Mais de 39 mil pessoas morreram no enclave palestiniano, governado desde 2007 pelo Hamas, considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Estados Unidos, Israel e União Europeia.