De acordo com a listagem da Comissão Europeia, de 14 de junho e consultada hoje pela Lusa, a companhia de bandeira TAAG integra a lista (anexo B) das transportadoras sujeitas a restrições operacionais, apenas podendo voar apenas com a frota de Boeing 737-700, 777-200, 777-300 e 777-300ER.
Já na lista das companhias que não podem voar, com aviões próprios – podem fretar aeronaves certificadas de outras companhias -, no espaço europeu (anexo A) está a Sonair, transportadora aérea do grupo petrolífero estatal angolano Sonangol, bem como as privadas Mavewa, Helimalongo, Heliang, Gira Globo, Fly540, Diexim, Angola Air Services, Air26, Air Nave, Air Jet, Air Guicango e Aerojet.
À exceção da Sonair, trata-se, no entanto, de companhias aéreas que operam exclusivamente ligações aéreas dentro de Angola.
Em maio último foi anunciado, em Luanda, a constituição do consórcio público-privado para lançar a Air Connection Express, que pretendia garantir voos domésticos em Angola e que juntava, além da TAAG, precisamente a Airjet, Air26, Diexim, Mavewa e Air Guicango – que integram a lista negra da Comissão Europeia -, juntamente com a Bestfly e a SJL, algumas destas com relações a membros do Governo angolano.
A construtora canadiana Bombardier chegou mesmo a anunciar a 06 de maio que iria fornecer, por 198 milhões de dólares (165 milhões de euros), seis aviões Q400 para a Air Connection Express, conforme contrato assinado em Luanda, na presença do ministro dos Transportes de Angola, Augusto Tomás.
Contudo, já este mês, o Presidente angolano, João Lourenço, anunciava que a parceria não iria avançar, sem adiantar mais pormenores: “Não vai adiante, não vai sair, não vai acontecer, por se tratar de uma companhia fictícia”.
A lista negra das companhias de aviação proibidas de operar na União Europeia foi atualizada a 14 de junho, com a exclusão das transportadoras registadas na Indonésia, entrando ainda em vigor um sistema de alerta para aviões perigosos no espaço europeu.
Segundo a Comissão Europeia, são agora 119 as companhias aéreas interditas na União Europeia.
Um total de 114 transportadoras, certificadas em 15 países, está na lista negra por falta de fiscalização de segurança por parte das autoridades nacionais competentes.
As restantes cinco estão banidas devido a preocupações com a segurança das próprias companhias.
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