O porta-voz, Tim McPhie, anunciou que a Comissão “preparou um esboço” que “está agora a ser refinado com base nas conversações com os Estados-membros”, que será “publicado em breve” e inclui “a recomendação de máscara em voos provenientes da China, a monitorização da água” utilizada nas aeronaves e o aumento da “vigilância na testagem e vacinação” da população europeia.
“Queremos assegurar que os níveis de imunidade [da população dos Estados-membros da União Europeia] são os mais altos possíveis”, completou Tim McPhie.
O porta-voz da Comissão acrescentou que foi proposta uma “discussão sobre a necessidade de testar [passageiros] antes da partida” de um voo para o território europeu, medida com a qual “a maioria dos países está a favor”.
“A Comissão Europeia está a fazer o seu papel a facilitar estas discussões” no sentido de haver uma “reposta coordenada da União Europeia”, sustentou Tim McPhie.
O assunto foi alvo de debate numa reunião do Grupo de Resposta Política Integrada a Crises (IPCR), em que participam representantes das instituições europeias, dos Estados-membros e especialistas, que decorreu na terça-feira e que vai prosseguir durante a tarde de hoje.
Questionada sobre a possibilidade de implementação de “contramedidas, seguindo o princípio da reciprocidade”, assumida na terça-feira pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, a porta-voz Dana Spinant respondeu que a Comissão “adota medidas em função do que acha necessário, dadas as circunstâncias”.
Desde que foi tornado público o aumento dos casos de covid-19 na China, diversos membros do bloco comunitário, entre os quais Espanha, reimpuseram o controlo de viajantes procedentes da China, embora outros, como a Bélgica, tenham optado por não exigir aos viajantes desse país a realização de um teste.
Em Portugal, o ministro da Saúde assegurou esta terça-feira que “tudo estará preparado” para, em caso de necessidade, serem adotadas medidas de controlo da covid-19 em Portugal, nomeadamente nos aeroportos para viajantes oriundos da China.
O número de casos de covid-19 atingiu um nível recorde na China continental, com um pico em 02 de dezembro de 2022 e nas últimas três semanas, a incidência diminuiu, provavelmente também devido a um mais pequeno número de testes realizados, resultando em menos infeções sendo detetadas, segundo o ECDC.
Após restrições rigorosas de viagem no auge da pandemia, a União Europeia regressou este outono a um sistema pré-pandemia de viagens livres, mas os países-membros concordaram que um “travão de emergência” pode, se necessário, ser ativado num curto período de tempo para enfrentar um desafio inesperado.
A covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, em variantes, umas mais contagiosas do que outras.
A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.
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