Nas eleições legislativas de domingo, o BE consolidou-se como a terceira força política e manteve um grupo parlamentar com 19 deputados eleitos, mas perdeu em número de votos, ficando, de acordo com os resultados provisórios com 9,67% da votação.

De acordo com a informação avançada à agência Lusa, a reunião da Comissão Política do BE, que segundo os estatutos “assegura a direção quotidiana” do partido, terá em agenda a análise dos resultados das eleições legislativas de domingo e ainda a “discussão das prioridades para a próxima legislatura”.

Da Comissão Política bloquista fazem parte nomes como o da coordenadora, Catarina Martins, o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, os eurodeputados Marisa Matias e José Gusmão, o fundador Luís Fazenda ou ainda os deputados Mariana Mortágua, Jorge Costa e José Soeiro.

No discurso na noite eleitoral, a coordenadora bloquista, Catarina Martins, manifestou hoje a disponibilidade do BE para negociações com o PS com vista a uma “solução de estabilidade” para a legislatura ou, caso esta não aconteça, “negociações ano a ano para cada orçamento”.

Catarina Martins subiu ao púlpito do Teatro Thalia, em Lisboa, quando os resultados do partido estavam ainda longe de estabilizados, deixando claro que “o PS tem todas as condições para formar Governo” e, caso não tenha maioria absoluta, e precise de apoio parlamentar tem duas opções.

“Procurar uma solução de estabilidade que assuma a continuidade da reposição de direitos e rendimentos ao longo da legislatura, e isso deve estar refletido no programa de Governo que vier apresentar, ou realizar negociações ano a ano para cada orçamento. O BE manifesta a sua disponibilidade e, se a primeira não se realizar, estaremos também disponíveis para a negociação caso a caso, mantendo compromisso que sempre afirmámos”, garantiu.

Como recusou fazer “tabus ou suspense”, Catarina Martins elencou aqueles que são os compromissos do Bloco, uma espécie de cadernos de encargos.

“Defender quem vive do seu trabalho em Portugal, desde logo repondo os cortes que foram feitos na troika e que ainda estão na legislação laboral, repor os dias de férias, repor as compensações por despedimento, repor o pagamento pelas horas extraordinárias. Combater a precariedade, proteger os trabalhadores por turno e defender as pensões, acabando com o duplo corte do fator de sustentabilidade”, detalhou, em primeiro lugar.

Em segundo, prosseguiu Catarina Martins, “salvar o Serviço Nacional de Saúde, garantindo que tem o financiamento necessário, combatendo a promiscuidade entre público e privado e fazendo caminho para a exclusividade dos seus profissionais”.

“Em terceiro, proteger os serviços públicos em todo o território, incluindo a recuperação do controlo público dos CTT. Em quatro lugar, recuperar o investimento público, responder à crise da habitação e dos transportes e construir uma resposta decidida à emergência climática”, elencou.

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