O soberano, apelidado de "o Corajoso", reinou no Egito cerca de 1.600 anos antes da era cristã. O faraó comandou particularmente as tropas egípcias que enfrentaram os invasores hicsos, os primeiros estrangeiros que conquistaram o Delta do Nilo, procedentes do Médio Oriente.

Apoiando-se principalmente em imagens tridimensionais, o estudo realizado na múmia pelo arqueólogo Zahi Hawass e pelo professor de radiologia da Universidade do Cairo, Sahar Salim, sugere que o faraó morreu às mãos dos seus inimigos numa "cerimónia de execução", depois de ter sido capturado no campo de batalha, de acordo com um comunicado do Ministério das Antiguidades egípcio.

A análise das armas (machados, lanças e adagas) usadas pelos hicsos determinaram a sua "compatibilidade com as feridas" da múmia e também foram encontrados hematomas, até agora escondidos pelo trabalho dos embalsamadores.

Graças à análise minuciosa do seu esqueleto, os cientistas egípcios calcularam que Seqenenra Taa II "tinha cerca de 40 anos no momento da sua morte".

Há várias décadas que os investigadores tentam determinar as circunstâncias da morte deste faraó, cuja múmia — descoberta no final do século XIX e conservada no Cairo —, mostra marcas visíveis de feridas no rosto, descobertas na década de 1960 .

De acordo com diferentes teorias, o faraó foi executado pelo próprio rei dos hicsos ou assassinado por conspiradores enquanto dormia.