A companhia gaulesa atua “pela primeira vez em Portugal”, uma estreia que acontece num território de “baixa densidade” como a serra algarvia, entre sexta-feira e 01 de janeiro, com um espetáculo idealizado pela dupla franco-finlandesa Victor Cathala e Kati Pikkarainen, com malabaristas, acrobatas em cavalo e música ao vivo, destacou Giacomo Scalisi, codiretor artístico do Lavrar o Mar.

Giacomo Scalisi salientou o “percurso em duo” dos autores e fundadores da companhia francesa, que “convidaram várias personalidades do circo tradicional e do novo circo a unir-se para, em conjunto, criarem este espetáculo que é um cruzamento em entre estes dois mundos”, para o qual ainda há entradas disponíveis, exceto para a noite da estreia (dia 28) e para a da passagem do ano (31), já esgotadas.

“Tem uma dramaturgia de novo circo, mas com números de famílias que pertencem a um circo mais tradicional”, afirmou o diretor artístico do Lavrar o Mar, programa destinado a promover uma oferta cultural em época baixa no território entre Aljezur e Monchique.

O programa é apoiado pelo 365 Algarve, medida de cariz semelhante direcionada para toda a região do Algarve e apoiada pela tutela do turismo.

O espetáculo conta com números de barra russa, malabarismo, palhaços, música ao vivo e acrobacia em cavalos e tem uma índole “festiva, em que as estações – primavera, verão, inverno – estão presentes”, antecipou Giacomo Scalisi, acrescentando que há também “uma orquestra composta por cinco elementos, que acompanham o espetáculo de início ao fim”.

A grande tenda, instalada no heliporto de Monchique, tem capacidade para 270 pessoas e vai albergar os espetáculos, com uma duração de perto de hora e meia, nos dias 28, 29, 30 e 31, às 21:00, e 01 de janeiro, às 17:00. Na noite da passagem de ano, a organização promove também uma festa ao ar livre, a partir das 23:00.

Giacomo Scalisi fez um balanço dos três anos em que o Lavrar o Mar organiza espetáculos no fim de ano em Aljezur e Monchique e contou que, “no primeiro ano, o dia 31 foi o dia mais difícil de encher”, mas sublinhou que este ano “foi o primeiro dia a esgotar”, com entradas que custam 10 euros para adultos e cinco euros para crianças.

“Acho que as pessoas têm vontade de ter um final de ano diferente. O espetáculo do circo proporciona uma experiência que pode ser vivida em família, o circo também não é aquele que estamos acostumados a ver, é uma outra proposta de circo, muito divertida. Também a festa [na noite de 31 para 1], com muita comida lá fora, faz com que este final de ano seja um ponto de referência diferente no roteiro dos finais de ano” no Algarve, considerou o diretor artístico.