“O PCP (...) proporá, no quadro da Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República, a audição das diversas estruturas ligadas a esta questão. Designadamente as organizações agrícolas e pecuárias, a Ordem dos Médicos Veterinários, a Federação dos Sindicatos da Função Pública, bem como a ministra da Agricultura”, disse, em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa.

O membro do Comissão Política do Comité Central do PCP criticou a “intenção anunciada” pela responsável da tutela de retirar à Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) “uma parte das competências na área do bem-estar animal” e a contínua redução de pessoal e de meios técnicos.

“Este é um processo concretizado pela política de direita, que une PS, PSD e CDS, que reduziu o seu quadro de pessoal [da estrutura do Ministério da Agricultura] em mais de 10 mil trabalhadores, que encerrou os serviços de extensão rural e zonas agrárias, que extinguiu o IROMA [Instituto Regulador e Orientador dos Mercados Agrícolas] e tantas outras estruturas, entregando alguns dos serviços que prestavam a privados”, lamentou.

João Frazão condenou ainda a fusão de serviços, “como o Instituto da Conservação da Natureza (ICN) com a Direção-Geral das Florestas (DGF)”, e a tentativa de extinção do corpo de guardas florestais.