“Qualquer executivo no futuro, se entender não ter condições para financiar a empresa, pode optar por fazer uma concessão a privados”, alertou Manuel Leal, da Fectrans.
“Este é um cheque em branco que preferíamos que não existisse”, frisou, em declarações à agência Lusa.
O sindicalista falava um dia depois de o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa terem assinado o memorando de entendimento da passagem de gestão da Carris para a autarquia, o que vai acontecer a partir de 01 de janeiro de 2017.
Afirmando que a permanência da empresa no Estado é “a solução que defende”, Manuel Leal explicou que “não é para que tudo fique como está, mas para avançar para a construção de um sistema integrado de transportes em toda a Área Metropolitana de Lisboa e para a criação de um plano nacional de transportes”.
A Fectrans sublinhou ainda, em comunicado, que foi assumida na cerimónia de passagem de gestão que a Carris “continuará a ser uma empresa pública”, que os “trabalhadores verão respeitados os seus direitos” e que serão desenvolvidas “medidas de incentivo à utilização do transporte público, com a Carris integrada na estratégia metropolitana”.
“Irá ser promovido um transporte público de qualidade com a aquisição de novos autocarros, de mais trabalhadores e desenvolvimento de novas carreiras, redução de custo para os utentes, esperando que sejam implementados o mais rapidamente possível e não em função de calendários estranhos aos interesses do transporte público”, lê-se no documento.
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