“A realização de diligências de busca e apreensão em oito localizações de nove entidades ativas no setor da saúde nas zonas da Grande Lisboa, Porto e Algarve por suspeitas de práticas anticoncorrenciais lesivas da liberdade de escolha do consumidor” foi confirmada pela AdC, em comunicado hoje divulgado.

A entidade reguladora explica, no documento, que as buscas têm estado a ser realizadas mediante autorização do Tribunal de Instrução Criminal e Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e contam com o acompanhamento da Divisão de Investigação Criminal da PSP.

“A AdC decretou o segredo de justiça no presente processo de contraordenação, a fim de preservar os interesses da investigação”, adianta, esclarecendo que, por este motivo, se escusa a dar mais pormenores sobre a operação.

As buscas têm como objetivo conseguir a obtenção de prova de práticas anticoncorrenciais, esclarecendo a AdC que não significam que as empresas visadas venham a ser objeto de condenação, nem implicam um juízo sobre a culpabilidade da sua conduta no mercado.

Em declarações à Lusa, a AdC escusou-se a precisar os nomes das entidades alvo de buscas, mas a SIC Notícias avançou os nomes CUF, Luz e Lusíadas, alegadamente devido a suspeitas de cartel nos acordos com a ADSE.

A ADSE tem estado no centro da atenção mediática e política nos últimos meses, devido à intenção de suspender convenções por parte de dois grupos, a José de Mello Saúde (que gere os hospitais CUF) e o Grupo Luz Saúde.

(Notícia atualizada às 14h06)