Os dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), revelam que “50.315 estudantes ingressaram em 2022-2023 no ensino superior público através do concurso nacional de acesso”, considerando todos os colocados em todas as fases, dos quais 29.948 entraram para universidades e 20.367 para politécnicos.
Este ano foram fixadas 54.641 vagas para o concurso nacional de acesso ao ensino superior, pelo que, concluída a 3.ª e última fase, a colocação de 50.315 estudantes representa uma ocupação de 92,1%, de acordo com os dados da DGES. Essa taxa nas universidades aumenta para 97,5%, com 29.948 admitidos entre as 30.721 vagas inicias, e nos politécnicos desce para 85,1%, com 20.367 colocados entre as 23.920 vagas.
Já tinham sido colocados 49.806 estudantes na 1.ª fase e 9.478 na 2.ª fase, alguns destes já tinham entrado anteriormente noutra opção que não a 1.ª e, por isso, voltaram a tentar a sorte.
A 3.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior resultou na colocação de mais 1.034 estudantes, dos quais 418 em universidades e 616 em politécnicos, o que, no total, corresponde a cerca de 20% dos 5.047 candidatos considerados válidos (foram excluídos do concurso 32 candidatos por não reunirem condições para o mesmo).
“Para a 3.ª fase, as instituições de ensino superior decidiram colocar a concurso 3.303 vagas, às quais acresceram 604 vagas libertadas por candidatos colocados e matriculados em fase anterior que foram agora colocados na terceira fase, uma vaga adicional criada por desempates, 16 vagas adicionais criadas para candidatos sem classificação final e quatro vagas autónomas”, informou o Ministério, acrescentando que sobraram 2.284 vagas desta fase do concurso.
Em 2021, ingressaram no ensino superior 50.859 estudantes, através do concurso nacional de acesso, inclusive 1.644 colocados na 3.ª fase.
Em termos de ocupação por instituição de ensino superior, este ano apenas a Universidade Nova de Lisboa chegou ao final do concurso sem vagas restantes, registando uma ocupação de 100,4%, com a admissão de 2.840 estudantes – 2.818 matriculados após a 2.ª fase e 22 novos colocados na 3.ª fase – entre as 2.830 vagas inicias.
Com uma ocupação superior a 90% estão as universidades do Algarve (97,6%), de Aveiro (97,2%), da Beira Interior (91,4%), de Coimbra (97,1%), de Évora (96,0%), do Minho (97,0%), do Porto (99,1%), de Trás-os-Montes e Alto Douro (94,1%) e de Lisboa (99,2%), os institutos politécnicos do Cávado e do Ave (95,1%), de Coimbra (93,8%), de Leiria (91,5%), de Lisboa (94,6%) e do Porto (97,4%), assim como o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (99,4%), as escolas superiores de enfermagem de Coimbra (97,8%), de Lisboa (97,5%) e do Porto (99,6%), e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (98,6%), segundo os dados da DGES.
Cinco ocuparam menos de 70% dos lugares disponíveis: Instituto Politécnico de Beja (68,7%), Instituto Politécnico de Bragança (59,7%), Instituto Politécnico da Guarda (68,9%), Instituto Politécnico de Tomar (62,3%) e Escola Superior de Náutica Infante D. Henrique (64,7%).
Por área de educação, as mais concorridas, com todas as vagas preenchidas, este ano foram serviços de transporte (103,4%) e humanidades (100,8%), seguindo-se ciências veterinárias (99,7%), direito (99,3%) e informação e jornalismo (99,1%), enquanto ficaram abaixo dos 60% de ocupação os cursos de serviços de segurança (47,6%), agricultura, silvicultura e pescas (52,3%) e indústrias transformadoras (57,1%).
Relativamente às classificações dos últimos estudantes colocados, a nota mais baixa a entrar no ensino superior foi 96,0 (escala de 200) no curso de turismo e lazer no Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Turismo e Hotelaria e a mais alta foi de 189,4 no curso de literatura e estudos interartes da Universidade do Porto – Faculdade de Letras.
Os estudantes colocados na 3.ª fase têm até quinta-feira, 20 de outubro, para realizar a matrícula e inscrição junto da instituição de ensino superior.
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