• Nas últimas 24 horas, morreram mais 91 pessoas com complicações associadas à covid-19 e foram registados mais 3.996 casos de infeção pelo novo coronavírus, revelou o boletim diário da DGS. Na conferência de imprensa de atualização da informação sobre a covid-19, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, fez uma atualização dos internamentos relacionados com a doença, indicando que “dois por cento tem menos de 30 anos, oito por cento menos de 50 e 19% menos de 60 anos” e que, no final do dia de domingo, estavam internados 3.040 doentes, dos quais 426 em Unidades de Cuidados Intensivos  - mais 111 do que no dia anterior.
  • Em Portugal, desde o inicio da pandemia, foram realizados quatro milhões de testes PCR, informou.
  • Segundo a diretora-geral da Saúde, a incidência cumulativa de casos  - por cem mil habitantes a 14 dias - coloca Portugal em décimo lugar na incidência europeia.
  • Graça Freitas informou ainda que entra hoje em funcionamento o BI SINAV (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), uma plataforma que resulta do trabalho conjunto entre as equipas da Direção-Geral da Saúde e de Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, constituindo um melhoramento ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica.
  • Segundo explicou, este novo sistema permite recolher e analisar, através de automatismos, um volume cada vez maior de dados e comunicar a informação de forma “mais rápida e com maior qualidade e maior detalhe para o cidadão, equipas de intervenção locais, academia e decisores políticos”.  Além disso, tem a plataforma apresenta “maior capacidade para tratar informação constante das bases de dados”, designadamente da SINAVE lab, Sinave Med e do cruzamento da plataforma Trace Covid com o registo nacional de utentes, permitindo uma maximização da “utilidade de informação de várias fontes complementares”.
  • Como consequência da melhoria introduzida pela plataforma foi possível identificar, desde o inicio da pandemia, 225.672 casos, dos quais 1,9% (4.375 casos) foram incluídos no novo sistema. "Os casos já estavam na base de dados, não tendo sido possível atualizá-los no boletim anterior por informação incompleta", explicou, assegurando que os casos referem-se na maioria ao inicio da pandemia e que foram de "conhecimento local" e "tiveram o devido acompanhamento".
  • A diretora-geral da Saúde acrescentou ainda que a plataforma BI SINAVE “não acrescenta dados às bases de dados, limitando-se a incluí-los de forma correta e obter informação mais fiável e atempada que continuará a ser a fonte utilizada no boletim diário”.
  • O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, informou que foram distribuídos 10.248 telemóveis à ARS e que os dispositivos têm sido entregues em função do grau de necessidade. Segundo informou, nas próximas semanas prevê-se ainda a entrega do total, perfazendo 30 mil telemóveis. O objetivo é melhorar o atendimento nos centros de saúde.
  • Sobre os inquéritos epidemiológicos, Graça Freitas explicou ainda que cada doente gera no mínimo dez contactos, podendo chegar a 40 contactos, salientando o volume de contactos necessários para efetuar o rastreio e reiterando que tem sido um esforço por forma a melhorar a capacidade de rastreio e que todas as ARS estão em processo de contratação. Segundo indica, foram ainda passadas 100 mil declarações de isolamento profilático provisórias através deste meio.
  • Sobre as manifestações realizadas nos últimos dias, referiu que há liberdade para que as pessoas se manifestem, mas que gostaria que tal fosse feito em segurança, apelando a que, mesmo em manifestações, sejam cumpridas as medidas de prevenção primárias.
  • Em relação a possíveis hospitais de campanha ou de retaguarda, a diretora-geral afirmou que estes estão previstos para o plano da pandemia para os próximos meses e que, se for necessário, o Ministério da Saúde tomará as devidas medidas e que há ainda a capacidade de deslocação de doentes internados entre hospitais.
  • Graça Freitas explicou que os idosos são "o grupo que com que mais nos preocupamos", recordando que sofrem de uma "dupla vulnerabilidade", uma vez que, além da idade, "muitas vezes têm varias doenças que agravam o prognóstico". "Tanto adoecem na comunidade, como nas residências e nos lares onde estão. São grupos muito monitorizados do ponto de vista da saúde", disse, reiterando que tem sido reforçada a atividade de acompanhamento de surtos em lares, havendo pessoas alocadas especificamente a estas situações.
  • O diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde, André Peralta Santos, relembrou que a "região Norte é a que tem uma incidência mais alta" e destacou que é esperado que "as medidas implementadas e o comportamento individual possa mudar a dinâmica de transmissão e que daqui a dias ou semanas possam inverter esta tendência", por forma a aliviar a pressão no Sistema Nacional de Saúde.
  • Questionado sobre em que concelhos ou zonas do país existe transmissão comunitária, André Peralta Santos explicou ainda que “transmissão comunitária” é um conceito difícil de definir, mas que perante “os níveis de infeção que Portugal regista, a multiplicidade de contextos em que existe a transmissão aponta para que exista transmissão comunitária”.
  • Depois do anuncio dos resultados positivos obtidos pela vacina Moderna, Graça Freitas afirmou que quanto mais vacinas seguras, eficazes e de qualidade, existirem, melhor será, justificando que quanto melhor a oferta, maior será a capacidade para os diversos países adquirirem a vacina.
  • Questionada sobre se Portugal iria optar por uma vacina em função da eficácia ou do preço, explicou que em Portugal "não vai ser o preço que vai decidir a vacina que vamos utilizar". “Estamos em variadíssimos mecanismos para aquisição da vacina e ainda estamos em outros mecanismos para adquirir por nossa conta”, disse, relembrando que o primeiro-ministro já tinha anunciado que "a vacinação será universal", ou seja, "será administrada gratuitamente a todas as pessoas que tenham indicação para o fazer".
  • A diretora-geral da Saúde destacou ainda que "a vacina é administrada a pessoas saudáveis, tem de ser segura" e tem de haver um "perfil de segurança muito bom" e, além de eficazes, todos os seus componentes têm de ter boa qualidade. Graça Freitas assegurou que, em Portugal, o Infarmed, e, a nível europeu, a Agência Europeia de Medicamentos, acompanham o licenciamento de qualquer vacina que surja no mercado. Sobre a disponibilidade, referiu que as vacinas podem ser lançadas para determinados grupos populacionais diferentes, por exemplo, para determinadas faixas etárias.

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