Em declarações à agência Lusa, a polícia de Antuérpia disse que há a registar “cinco vítimas mortais, duas delas portuguesas”.
Momentos antes, o porta-voz da polícia de Antuérpia, Willem Migom, dissera que existe “quase a certeza de que há três vítimas portuguesas, uma romena e uma vítima da Rússia”.
“Tal como disse, ainda aguardarmos a confirmação final, mas tudo aponta para essas cinco vítimas e é esse o total de vítimas [mortais]”, afirmou Willem Migom, referindo que todos os feridos estão no hospital a ser tratados e “não correm perigo de vida”.
A Lusa questionou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre o total de vítimas de nacionalidade portuguesa neste acidente em Antuérpia, com a tutela a indicar que os dados que tem é de "um nacional morto e um hospitalizado", aguardando indicação por parte das autoridades belgas relativamente às últimas vítimas mortais.
O Governo já contactou a família do cidadão português cuja morte tem confirmada e disponibilizou o seu apoio, disse hoje a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas.
Em declarações à Lusa, Berta Nunes confirmou que o português que morreu na obra “é um dos três nomes” que o Ministério dos Negócios Estrangeiros belga tinha enviado na sexta-feira para a embaixada portuguesa, uma situação que levou inicialmente o executivo – e depois o Presidente da República - a lamentar a morte de três cidadãos nacionais.
Em relação a outro cidadão português ferido e que está entre os nove trabalhadores que foram internados em hospitais belgas, na sequência do desabamento de sexta-feira, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas admitiu não ter informações sobre o seu estado de saúde.
“Ainda não sabemos qual o hospital, não temos essa informação. Estamos a procurá-la para visitar o nosso cidadão e ver ‘in loco’ qual é a situação dele do ponto de vista de saúde e das necessidades que poderá ter”, sublinhou.
No local do desabamento, o presidente da Câmara de Antuérpia, Bart de Weber, considerou que o acidente “é uma catástrofe terrível”, explicando que se tratava de uma escola, que estava quase terminada e que ia abrir em setembro.
“Algo correu mal na construção, não sabemos o quê, mas será investigado”, assegurou Bart de Weber, em declarações às televisões.
O colapso parcial do estaleiro de construção de uma escola em Antuérpia deixou ainda nove pessoas feridas e que se encontram internadas em quatro unidades hospitalares da região: quatro em perigo de vida, quatro em estado grave e um ferido ligeiro. A escola ainda se encontrava em construção e não havia alunos presentes, desconhecendo-se as razões na origem deste desastre.
O embaixador português, que esteve na sexta-feira no terreno do acidente, acompanhou a visita do Rei Filipe da Bélgica, que visitou o local esta tarde.
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