“Temos uma visão de sociedade diferente que o CDS tem. Nós não queremos um país em que há uma minoria de vencedores e a maioria esmagadora da população fica a marcar passo. Essa não é a visão que nós queremos”, disse Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas no final da sessão de encerramento do 27.º Congresso democrata-cristão.

Questionado sobre as críticas feitas durante o congresso às "esquerdas encostadas", Pedro Nuno Santos disse que não sabe o que isso quer dizer, destacando que atualmente o país tem a "economia a crescer como nunca cresceu desde o início do século" e "investimento direto estrangeiro a aumentar".

"Temos um país com muitos problemas para resolver mas estamos muito melhor do que no tempo em que Assunção Cristas era ministra", assinalou, frisando que as reformas que o Governo está a fazer "não são as que o CDS gostaria mas são as que melhoram a vida dos portugueses".

Pedro Nuno Santos, que assistiu ao discurso de encerramento da presidente do CDS-PP em representação do Governo, em Lamego, disse encarar “com naturalidade e respeito” o objetivo traçado por Assunção Cristas de ser “a primeira escolha” nas próximas legislativas.

“Com naturalidade e respeito porque cada partido tem ambição de ser poder, é um objetivo legítimo do CDS”, considerou, frisando que “no final do dia serão os portugueses a escolher”.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares disse ter ouvido durante o congresso centrista muitos apelos à descida dos impostos para as empresas, contrapondo que o governo PS preferiu “começar pelas famílias, pelos trabalhadores e pela classe média que tinha sido fortemente atingida pelos governos anteriores de direita”.

Questionado sobre o anúncio feito durante o congresso que o CDS-PP tenciona forçar a votação no parlamento do Programa de Estabilidade para "que fique absolutamente claro que as esquerdas estão bem unidas", Pedro Nuno Santos disse que “isso não é novidade”.

“Já o fez no passado e esse é um tema recorrente, o do bom entendimento dos partidos que suportam o Governo, não é novidade para ninguém esta maioria funciona e funciona bem”, declarou.