Durante o dia do congresso, no pavilhão Paz e Amizade, em Loures, Lisboa, está previsto o discurso do candidato apoiado pelos comunistas às presidenciais de 24 de janeiro de 2021, João Ferreira.
À tarde, os delegados, reduzidos a metade do habitual — 600 — devido à crise pandémica de covid-19, elegem o novo comité central, na base da proposta feita pelo Comité Central cessante. Depois de eleito, o novo comité central reúne-se para eleger os seus organismos executivos e escolher o secretário-geral, que deverá continuar a ser Jerónimo de Sousa, no cargo há 16 anos, desde 2004.
O comité central é o organismo que dirige a atividade do partido no intervalo dos congressos, “assumindo a responsabilidade de traçar, de acordo com a orientação e resoluções dos congressos, a orientação superior do trabalho político, ideológico e de organização do partido”, estipulam os estatutos do PCP.
Antes do congresso, Jerónimo nunca foi taxativo sobre o assunto, mas admitiu implicitamente continuar à frente do partido após o congresso.
A lista do comité central do PCP vai respeitar a “regra de ouro” fixada por Álvaro Cunhal de ter uma maioria de membros de origem operária, no caso 44,96%.
De acordo com a proposta de composição do órgão máximo de direção dos comunistas, a lista “inclui 129 camaradas”, uma redução relativamente ao anterior, há 33 saídas e 19 são novos dirigentes.
De saída deste órgão estão o ex-secretário-geral Carlos Carvalhas, o antigo líder da CGTP Arménio Carlos e o ex-deputado Agostinho Lopes.
A lista ainda é passível de alterações, antes da sessão fechada, agendada para hoje.
O congresso termina no domingo, com o discurso de encerramento do secretário-geral.
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