"Nós não devemos tratar das colheitas antes de tratar das sementeiras", responde Augusto Santos Silva, também ministro dos Negócios Estrangeiros, em entrevista à agência Lusa, depois de questionado se equaciona apoiar uma eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousas nas eleições presidenciais de 2021.

"Estamos em 2018, a próxima eleição presidencial será em 2021 e temos muito tempo para pensar nisso: Saber quem se apresenta e, entre eles, quem deve contar com o nosso voto", justifica.

Nesta entrevista, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros também se recusou a avaliar os primeiros dois anos de mandato do atual chefe de Estado.

"Como professor auxiliar, depois associado que fui muitos anos, nunca me permiti avaliar professores catedráticos. Portanto, estas coisas têm a sua hierarquia", respondeu, deixando aqui uma nota de humor.

Augusto Santos Silva acrescentou, depois, que não lhe compete a si, no plano institucional, avaliar o mandato do Presidente da República.

"No máximo, o Presidente da República, nas suas conversas [semanais] com o primeiro-ministro, pode avaliar-me a mim próprio", contrapôs.

Já as altas taxas de popularidade registadas por Marcelo Rebelo de Sousa, na perspetiva do dirigente socialista, "são facilmente compreensíveis, porque o Presidente da República trouxe para a ação e a imagem do chefe de Estado um lado de comunhão com as pessoas".

"Essa ação e essa imagem estavam muito necessitadas - e o Presidente da República sabe melhor do que ninguém combinar esse lado de comunhão popular com as elevadas responsabilidades institucionais que também são as suas", sustenta.

Quanto à relação do PS com o chefe de Estado, Augusto Santos Silva defende que "a tradição" dos socialistas "é sempre de respeito escrupulosíssimo pelas competências e pela figura do Presidente da República".

"Fizemos isso com presidentes oriundos do PS, como Mário Soares ou Jorge Sampaio, mas também sempre quando eram o general Ramalho Eanes ou o professor Cavaco Silva", acrescenta.

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