"Não há nenhum problema. A comunicação social não pode criar um problema. Hoje saiu daqui um partido unido, mobilizado, para ganhar os atos eleitorais que vão existir", disse Elina Fraga aos jornalistas à saída do 37.º Congresso Nacional do PSD, que hoje terminou em Lisboa.

Apesar da onda de críticas que a sua escolha gerou no PSD - nomeadamente a ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, que acusou Rui Rio de traição - Elina Fraga disse estar "muito tranquila e muito feliz" e que sai da reunião magna do partido "animada e convicta" de que pode "dar um contributo para este novo ciclo do PSD".

"Rio tem um pensamento que coincide em muito com aquilo que foram as defesas que eu fiz", sublinhou.


As imagens que marcaram o 37.º congresso do PSD


A vaia a Elina Fraga foi ouvida quando o nome da ex-bastonária da Ordem dos Advogados foi proferido durante o anúncio dos eleitos para os novos órgãos nacionais do PSD, momento antes do início do discurso do novo líder, Rui Rio.

A escolha de Elina Fraga para uma das vice-presidências do partido provocou uma reação indignada da antiga ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, que acusou Rui Rio de traição, uma vez que a ex-bastonária da Ordem dos Advogados apresentou, em 2014, uma queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República contra todos os ministros do Governo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho que aprovaram o mapa judiciário.

Secretário-geral desvaloriza assobios a Elina Fraga

O novo secretário-geral do PSD, Feliciano Barreiras Duarte, desvalorizou hoje os assobios à vice-presidente Elina Fraga, considerando que a ex-bastonária da Ordem dos Advogados irá contribuir com a sua experiência em prol do partido.

Feliciano Barreiras Duarte reiterou que a escolha de Elina Fraga para a direção do partido liderado por Rui Rio quer significar uma abertura do partido à sociedade civil e que, "com o tempo”, as pessoas perceberão que “irá também dar o seu contributo com a sua experiência não só na área da justiça, mas também como mulher que tem intervindo na vida pública do país”.

“Não faz qualquer sentido empolar-se essa matéria, respeitamos a herança política e governativa [de Passos Coelho]”, afirmou Barreiras Duarte, lembrando que ele próprio integrou esse Governo que encerrou comarcas no país.

Questionado se Elina Fraga deveria abandonar o cargo, respondeu: “é uma questão que não se coloca”.

A reunião magna dos sociais-democratas terminou hoje no Centro de Lisboa com a entronização de Rui Rio como 18.º presidente do PSD.

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